#Advocacia
#Direito

Governança corporativa e seu impacto na rodada de captação de investimentos

27/3/24
Reunião de negócios, onde três participantes estão analisando e discutindo gráficos e dados em documentos.

O tema ‘governança corporativa’ costuma ser associado a empresas de grande porte ou detentoras de uma estrutura mais robusta. Entretanto, este é um entendimento equivocado, já que é uma estrutura que pode ser implementada em sociedades de qualquer porte.

É importante destacar que a estrutura de governança é apresentada como um fator de impulsionamento da startup e pode ser constituída de acordo com a realidade de cada empresa, observando o seu estágio de desenvolvimento. Com isso, independentemente do tamanho da startup, a implementação de uma arquitetura de governança corporativa é relevante, especialmente para a atratividade dos investidores.

Inicialmente esclarecemos que, além da criação de conselho de administração e comitês de assessoramento, a relevância da estrutura de governança está na criação, observância e aplicação de processos. Se, por um lado, a governança aplicada resulta em uma robustez da estrutura da startup, por outro lago, apresenta ao investidor uma gestão direcionada, limitação de riscos e transparência das diretrizes e da rotina da empresa.

Com isso, a estruturação de rotinas para o conselho de administração, diretoria e comitês resulta no correto direcionamento das regras da sociedade com transparência acerca da cultura e visão de futuro da empresa. Além disso, há um impacto no processo de tomada de decisão, pois cria-se uma matriz de aprovação com a distribuição das competências e responsabilidades de cada parte da administração da startup.

Dito isto, a rodada de captação de investimentos é um marco temporal para a startup, pois, corresponde ao início de uma jornada ao lado do investidor e tem a capacidade de projetar de forma exponencial o objetivo/produto da empresa.

Nesse sentido, ao atingir o estágio de captação de investimentos, a estrutura de governança corporativa apresenta-se como um importante formato de apoio no planejamento estratégico da sociedade visando o aprimoramento dos princípios de prestação de contas e transparência.

Dentre os diversos fatores que serão analisados pelo investidor, destacamos:

  1. Arquivamento das informações da empresa e estratégias de negócio;
  2. Constituição de conselho de administração e/ou conselho consultivo com membros com experiência sólida na estratégia da startup;
  3. Cumprimento das regulamentações aplicáveis e demais legislações;
  4. Forma de representação adequada da empresa;
  5. Transparência perante os sócios, investidores e demais interessados;
  6. Prestação de contas com diligência e em observância às normas legais;
  7. Dentre outros.

Com isso, através da estrutura de governança corporativa, é possível demonstrar ao investidor o nível de seriedade e responsabilidade dos fundadores com a startup. É válido destacar que os benefícios propostos pela implementação da estrutura somente são possíveis quando ocorre a efetiva aplicação dos princípios da governança corporativa, pois é necessário que exista a cultura de observância aos processos e procedimentos resultados pela implementação da estrutura.

É importante observar que, conforme a robustez da governança acompanha o nível de desenvolvimento da startup. Por fim, destacamos que o aprimoramento da governança deve ser pauta constante da administração da sociedade, já que o planejamento do negócio e o impacto das suas decisões devem sempre ser observadas pelos fundadores.

Compartilhe esse artigo em suas redes sociais: